Através de sorrisos pictóricos vamos tecendo uma felicidade contrária a realidade, consistindo e crendo a uma falsa expressão do sentimento em ascensão. Procurando ter tamanha percepção sobre essa conjunção de sentimentos, me disponho sentir abertamente a fluidez desse estado de consciência plena, pondo em suma prioridade a veracidade do que é a felicidade de verdade.
Adentrando e concentrando todo meu coração nesse estado em questão, questiono. Onde procura-la então?! Difundida e vestida de inúmeras designações, hoje, se propaga com diversas identidades, se estabelecendo variadas formas de manifestação, de expressão e enunciação. Emergindo da condição de satisfação, exprimo de mim a falta de clareza deste significado, permitindo-me um olhar um pouco mais profundo sobre tal sentimento.
Ao buscar ferozmente por algo material, me frustro ao encontrar um grande vazio, pois este não é sobre ter e sim sobre ser. Assim sendo, entro em um estado de contentamento descontente me contentando com o presente momento sem ao menos saber se este é a felicidade eminente.
Elevando minha sapiência a uma condição de prática, pratico o ato de doar e nessa singeleza em multiplicar me vejo sorrindo intimamente, será essa a verdadeira experiência a se experienciar?! Alcançando o mais próximo do propósito ideal, singularizo o sentido da palavra em simplicidade, pois esta pode ser encontrada nos detalhes de cada particularidade.
Felicidade consiste em transbordar o que se é e compartilhar o que se tem.
Caroline Gonçalves.